Há um novo SUV da Renault a chegar e não será apenas para os mercados fora da Europa. Derivado do Dacia Bigster, o Boreal aponta ao Médio Oriente e à América Latina mas também à Europa do leste e aos países mediterrânicos.
Apresentado no Brasil, este projecto marca uma nova etapa na estratégia International Game Plan do grupo francês, tendo como objectivo ultrapassar os 5% de participação de mercado em cinco regiões-chave.
A produção arranca na fábrica brasileira de Curitiba, com os primeiros exemplares a chegarem àquele mercado antes do final deste ano, enquanto as unidades saídas da instalação turca de Bursa chegarão à bacia mediterrânica no início de 2026.
Familiar e polivalente
Com 4,56 metros de comprimento e 2,70 metros a separar os dois eixos, o Renault Boreal não esconde a sua afinidade estrutural com o Dacia Bigster, "denunciada" pela pintura bicromática e o tecto solar panorâmico, sem esquecer as jantes de 19 polegadas.
O exterior, no entanto, está bem mais refinado, como se percebe no arranjo da área frontal e nos painéis laterais, e nas extremidades profundamente trabalhadas.
Já para a traseira, as soluções estéticas estão está mais em linha com os Renault Scénic e Symbioz, com o vidro da porta da bagageira, a ter uma inclinação mais pronunciada, para uma capacidade a cifrar-se nos 586 litros.
A separação do Boreal face ao Bigster está patente no habitáculo, com a Renault a dotar o SUV com uma interface baseada nos dois painéis OpenR de dez polegadas do R5 E-Tech e R4 E-Tech eléctricos, com o ecossistema digital a beneficiar do ambiente Google.
Um assistente vocal faz parte do pacote tecnológico, assim como a navegação optimizada com a aplicação Waze, e o acesso a plataformas de streaming de música e vídeo, sem contar com uma linha completa de 24 assistentes à condução.
Só a gasolina… e etanol!
Também a diferenciar o Renault Boreal do Dacia Bigster está a ausência do sistema motriz híbrido de 156 cv que o SUV franco-romeno estreou, suportado pelo bloco a gasolina de 1.8 litros e por dois propulsores eléctricos.
A proposta da marca do losango concentra-se no motor 1.3 TCe de três cilindros puramente a gasolina, mas que poderá ser evoluído mais tarde com opções micro híbridas e 100% híbridas.
Para a América do Sul estará disponível uma versão Flex Fuel, que funciona de forma independente com etanol premium sem chumbo e etanol puro E100.
As especificações técnicas anunciam 163 cv com o E100 e 156 cv com gasolina, mas sempre com os mesmos 270 Nm, enquanto na variante produzida na Turquia o motor de 138 cv e 240 Nm apenas funcionará com gasolina.
Aliado a este motor está uma transmissão automática ECD de dupla embraiagem húmida com seis relações, permitindo ao SUV acelerar dos zero aos 100 km/hora em 9,3 segundos.
O sistema Multi-Sense compreende os quatro modos clássicos de condução – Eco, Comfort, Sport e Perso –, a que se soma o novo Smart, que ajusta de forma automática os parâmetros mecânicos do SUV às condições de condução.
Os primeiros exemplares do Renault Boreal entram no mercado brasileiro antes do fim deste ano, seguindo-se em 2026 a produção destinada ao leste da Europa e à bacia mediterrânica.
Já segue o Aquela Máquina no Instagram?
Artigos Relacionados
Estes artigos podem interessar: